Ele era um homem de pequena estatura”, afirmam os Atos de Paulo, escrito apócrifo do segundo século, “parcial-mente calvo, pernas arqueadas, de compleição robusta, olhos próximos um do outro, e nariz um tanto curvo.”
Se esta descrição merecer crédito, ela fala um bocado mais a respeito desse homem natural de Tarso, que viveu quase sete décadas cheias de acontecimentos após o nascimento de Jesus. Ela se encaixaria no registro do próprio Paulo de um insulto dirigido contra ele em Corinto. “As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes; mas a presença pessoal dele é fraca, e a palavra desprezível” (2 Co 10:10).
Se esta descrição merecer crédito, ela fala um bocado mais a respeito desse homem natural de Tarso, que viveu quase sete décadas cheias de acontecimentos após o nascimento de Jesus. Ela se encaixaria no registro do próprio Paulo de um insulto dirigido contra ele em Corinto. “As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes; mas a presença pessoal dele é fraca, e a palavra desprezível” (2 Co 10:10).
Encontramos em Atos a explicação de Paulo sobre sua identidade: “Eu sou judeu, natural de Tarso, cidade não insignificante da Cilícia” (At 21:39). Paulo não era apenas “cidadão de uma cidade não insignificante”, mas também cidadão romano.
Em At 22:24-29 vemos Paulo conversando com um centurião romano e com um tribuno romano. (Centurião era um militar de alta patente no exército romano com 100 homens sob seu comando; o tribuno, neste caso, seria um comandante militar.) Por ordens do tribuno, o centurião estava prestes a açoitar Paulo. Mas o Apóstolo protestou: “Ser-vos-á porventura lícito açoitar um cidadão romano, sem estar condenado?” (At 22:25). O centurião levou a notícia ao tribuno, que fez mais inquirição. A ele Paulo não só afirmou sua cidadania romana mas explicou como se tornara tal: “Por direito de nascimento” (At 22:28).
Devemos, também, considerar a ascendência judaica de Paulo e o impacto da fé religiosa de sua família. Ele se descreve aos cristãos de Filipos como “da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu” (Fp 3:5). Noutra ocasião ele chamou a si próprio de “israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Rm 11:1). [1]
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Não fora pelo modo como Estevão morreu (At 7:54-60), o jovem Saulo podia ter deixado a cena do apedrejamento sem comoção alguma, ele que havia tomado conta das vestes dos apedrejadores. Teria parecido apenas outra execução legal.
Mas quando Estevão se ajoelhou e as pedras martirizantes choveram sobre sua cabeça indefensa, ele deu testemunho da visão de Cristo na glória, e orou: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos 7:60).
Embora essa crise tenha lançado Paulo em sua carreira como caçador de hereges, é natural supor que as palavras de Estevão tenham permanecido com ele de sorte que ele se tornou “caçado” também —caçado pela consciência.
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Foi no caminho de Damasco que se deu a repentina conversão. Paulo e seus companheiros provavelmente iam a cavalo, como era costume nas viagens pelos caminhos desertos da Galiléia para a antiga cidade. Estavam perto da cidade Era meio-dia, o sol ardente estava no seu zênite, At 26. 13. Repentinamente uma luz vinda do céu, mais brilhante que a luz do sol caiu sobre eles, derrubando-os. Todos se ergueram, continuando Paulo prostrado por terra, 9. 7. Ouviu-se então uma voz que dizia em língua hebraica: "Saulo, Saulo, porque me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra o aguilhão", 26. 14. Respondeu ele então: "Quem és tu Senhor?" Ele respondeu: "Eu sou Jesus a quem tu persegues, 15. Levanta-te e vai à cidade e aí se te dirá o que te convém fazer", 9. 6 - 22. 10. Os companheiros que o seguiam ouviam a voz sem nada ver, 9. 7, nem entender, 22. 9. Paulo sentiu-se cego pelo intenso clarão da luz, e foi conduzido pela mão dos companheiros. Entrou em Damasco, hospedando-se na casa de Judas, 9. 11, onde permaneceu três dias sem vista e sem comer, nem beber, orando, 9, 11, e meditando sobre a revelação que Deus lhe fizera.
Ao terceiro dia, o Senhor mandou a certo judeu convertido, chamado Ananias, que fosse ter com Paulo e impor-lhe as mãos para recobrar a vista. O Senhor garantiu a Ananias, o qual tinha receio de encontrar-se com o grande perseguidor, que este, quando em oração, já o tinha visto aproximar-se dele. Portanto, Ananias obedeceu. Paulo confessou a sua fé em Jesus, recobrou a vista, e recebeu o batismo; e daqui em diante, com a energia que o caracterizava, e com grande espanto dos judeus, começou a pregar nas sinagogas que Jesus era o Cristo, Filho de Deus vivo, 9 10-22. Tal é a narrativa da conversão de Saulo de Tarso. [2]
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Paulo começou, na sinagoga de Damasco, a dar testemunho de sua fé recém-encontrada. O tema de sua mensagem concernente a Jesus era: “Este é o Filho de Deus” (At 9:20). Mas Paulo tinha de aprender amargas lições antes que pudesse apresentar-se como líder cristão confiável e eficiente. Descobriu que as pessoas não se esquecem com facilidade; os erros do homem podem persegui-lo por um longo tempo, mesmo depois que ele os tenha abandonado. Muitos dos discípulos suspeitavam de Paulo, e seus ex-companheiros de perseguições o odiavam. Ele pregou por breve tempo em Damasco, foi-se para a Arábia e depois voltou para Damasco.
A segunda tentativa de Paulo de pregar em Damasco igualmente não teve bom resultado. Um ano ou dois haviam decorrido desde a sua conversão, mas os judeus se lembravam de como ele havia desertado de sua primeira missão em Damasco. O ódio contra ele inflamou-se de novo e “deliberaram entre si tirar-lhe a vida” (At 9:23). A dramática história da fuga de Paulo por sobre a muralha, num cesto, tem prendido a imaginação de muitos.
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Em Antioquia, os gentios estavam sendo convertidos a Cristo. A Igreja em Jerusalém teve de decidir como cuidar desses novos crentes. Foi então que Barnabé se lembrou de Paulo e se dirigiu a Tarso à sua procura (At 11:25). Barnabé já tinha sido instrumento na apresentação de Paulo em Jerusalém, num esforço por afastar suspeita contra ele.
A esses dois homens foi confiada a tarefa de levar socorro à Judéia onde os seguidores de Jesus estavam passando fome. Quando Barnabé e Paulo voltaram a Antioquia, missão cumprida, trouxeram consigo o jovem João, apelidado Marcos, sobrinho de Barnabé (At 12:25).[1]
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O apostolo Paulo realizou muitas viagens missionárias, por terra e pelo mar, praticamente todo o mundo conhecido naquela época foi visitado por ele. Sempre levando a Palavra de Deus com audácia e sabedoria. Não se intimidava pelas dificuldades, lutas, sofrimentos ou ameaças, mas, continuava sempre falando em Nome de Jesus. Paulo, por cinco vezes, recebeu uma quarenta de açoites menos um; três vezes foi fustigado com varas; e esteve em naufrágio por três vezes, entre outros perigos pela causa do evangelho.
Segundo testemunho de pais da igreja primitiva, foi decapitado em Roma, por ordem de Nero, durante a grande perseguição que se deu em 67 d.C. Fazia tempo que desejava partir e estar em Cristo, Fp 1.23. [3]
"Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.
Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda." 2Tim 4.7-8
Paulo de Tarso - o apóstolo dos gentios
Fonte dos textos :
[1]www.vivos.com.br,
[2]www.gesp.xpg.com.br/biografias/biopaulo_tarso.htm,
[3]BOYER, Pequena Enciclopédia Bíblica, Ed. Vida, 2006,página 468
Fonte ilustrações: Narrativas Bíblicas - SOCEP
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