AMY CARMICHAEL
Resumo e organização: Iclea Brito
Amy Carmichael nasceu no
dia 16 de dezembro de 1867, na Irlanda do Norte. Era a filha mais velha de sete
irmãos.
Amy gostava das cores e dos
ruídos do mar, mas o que ela mais gostava era da cor azul. Sua mãe tinha os
olhos de um azul profundo, e Amy começou então a desejar ter olhos azuis. Os
seus eram castanhos e ela pensava:
-Se eu tivesse os olhos
azuis seria bem mais linda! Muito mais do que ter estes olhos comuns, de cor
marrom!
A pequena Amy sempre tinha
ouvido falar sobre o Filho de Deus, o Senhor Jesus, e o Seu amor por ela. Sabia
que Ele viera do céu à terra para morrer numa cruz por seus pecados e que Ele
havia ressuscitado dos mortos. Amy ouvia isto a cada domingo, na igreja e
também em sua própria casa, onde todas as noites havia culto doméstico, ocasião
em que a família reunia-se para orar e ler a Bíblia.
“Deus responde as orações”
Muitas vezes Amy tinha ouvido dizer isto. Pensando assim, Amy começou a orar
para que os seus olhos se tornassem azuis. Uma noite Amy orou com muito fervor
e fé. Ela não duvidou nem um pouquinho que o Senhor a responderia, porque “Deus
sempre responde as orações”, como a sua mãe a ensinara. Assim pegou no sono.
De manhã, feliz, pulou
da cama. Correu rapidamente para o espelho e o encarou ansiosa...
Olhos azuis?! Não! Era o
mesmo par de olhos castanhos que, agora tristonhos, refletiam-se no
espelho. Não havia acontecido nada! Deus não respondera a sua oração! Tinha
orado tanto… tinha sido boazinha, crera em Deus com tanta fé e, assim mesmo Ele
não lhe respondera dando olhos azuis! Por quê?
Enquanto ela choramingava
desapontada com Deus, algo importante aconteceu. Ela entendeu claramente o
Senhor dizer no seu coração: Amy, a resposta é Não! Deus a estava guiando,
mesmo que ela não entendesse e fosse muito pequena. Ele tinha um plano para a
sua vida.
Quando Amy se tornou uma
jovem, ela viajou para a Índia, como missionária. Logo que chegou naquele país,
ficou ansiosa para aprender a língua indiana e assim poder falar às pessoas do
Deus vivo que dera o Seu Filho para morrer numa cruz, por amor a elas. Amy
queria falar da ressurreição de Jesus e dizer-lhes que, somente crendo no
Salvador Jesus Cristo eles poderiam obter perdão dos pecados. Amy tinha
que se aproximar da cultura da Índia e não queria ser tratada como estrangeira.
É que os estrangeiros eram proibidos de entrar nos templos e lugares de
adoração pagãos. De falto a Índia era um lugar cheio de mistérios. Amy tinha
certeza em seu coração que Deus lhe mostraria uma estratégia para evangelizar
esse povo tão carente do amor de Jesus.
Após vários intentos Amy
descobriu que ao passar pó de café no seu rosto e braços, a pele ficava morena,
igual as das mulheres nativas. Para completar o disfarce, vestiu algumas roupas
indianas, uma longa túnica branca de mangas curtas e um pano que cobria a
cabeça.
Seus amigos missionários, ao
verem-na vestida de indiana, disseram:
“ Você parece uma indiana
mesmo!. É um ótimo disfarce!” Amy sorriu. Será que seu plano ousado
funcionaria? Certamente ninguém desconfiaria do disfarce!
“É uma benção você ter olhos
de cor castanhos e não ter nascido de olhos azuis como a sua mãe”, falou uma
amiga. “Senão, você nunca passaria por uma mulher indiana!” disse a amiga sem
saber de nada.
Olhos azuis? Repentinamente,
Amy se lembrou da sua decepção quando criança. As lembranças ainda estavam
bem vivas em sua mente. Ela se lembrou da resposta negativa do Senhor a sua
petição de lhe dar olhos azuis. Agora entendia perfeitamente porque os seus
olhos eram castanhos: ela iria precisar de olhos castanhos para o seu disfarce.
De fato, Deus tinha dado a melhor resposta. Amy sabia que uma
estrangeira, de olhos azuis, não ousaria entrar no templo, mesmo tentando se disfarçar.
Se tentasse estaria arriscando a sua vida. Mas Amy, com seus olhos castanhos,
disfarçando a cor da pele e vestindo-se como indiana, não só poderia entrar
como também descobrir alguns segredos religiosos da Índia. Mas quais
seriam estes segredos?
Foi disfarçada, e entrando
nos templos da Índia descobriu algo terrível, era uma prática nessa cultura.
Muitas crianças eram vendidas para os sacerdotes nos templos, para se casarem
com ídolos de pedra. As crianças eram feitas prisioneiras, eram tiradas das
suas casa e famílias para sempre! Como os ídolos eram de pedras, elas passavam
a pertencer aos sacerdotes que cuidavam do templo, sendo as suas escravas! As
inocentes crianças eram preparadas para uma vida de sofrimento, escravidão,
pecado e violência. Crianças tratadas como animais selvagens! Amy encheu o
coração de misericórdia, não parava de interceder e clamar por essas meninas e
meninos! Deus colocara encargo por esses pequenos e por todas as crianças da
Índia no coração de Amy.
Então começou o ministério
de Amy na índia, o resgate dessas crianças dos templos e da escravidão do
pecado.
Amy livrou centenas de
crianças, as adotou e criou um lar em Dohnavur, um abrigo onde os pequenos
encontravam amor e salvação. Também trabalhou na evangelização de
mulheres, escreveu livros e influenciou a vida religiosa e social de toda
a Índia. Por causa do trabalho de Amy Carmichael, as autoridades indianas
criaram leis que proibiram a escravidão das crianças em rituais pagãos no país.
Amy morou por 55 anos na
Índia e lá permaneceu todos esses anos sem voltar para seu país de origem.
O Senhor a chamou a sua presença aos 83 anos.
Amy, a menina que queria ter
olhos azuis, aprendeu que Deus tem um plano perfeito para cada vida, e que o
nosso aspecto exterior não é o que mais importa. Se não temos olhos azuis ou cabelo
loiro ou alguma característica que achamos importante no nosso corpo,
lembremos: Deus nos ama do jeito que somos e ele tem um plano para as nossas
vidas se nos dispomos a servi-lo. Devemos nos aceitar e amar do jeitinho
que o Senhor nos fez! Devemos ter a certeza de o Senhor tem projetos
maravilhosos para nossas vidas! Projetos de salvação, de evangelização, de
ensino da Sua Palavra e muito mais!
Em 1895, o livro sem palavras (LSP) foi levado à Índia por Amy Carmichael. Amy e sua
auxiliar fizeram uma bandeira de cetim nas cores dourada, preta, vermelha e
branca, e puseram-na no seu carro puxado por bois, indo de aldeia em aldeia
divulgando o Evangelho no sul da Índia. — Um texto muito útil para um sermão de
improviso — comentou Amy. Para grupos menores ela usava o pequeno livro sem palavras, ao invés da bandeira.
" Se eu não tiver compaixão pelos meus colegas, como o Senhor teve compaixão de mim, então não conheço nada do amor do Calvário. Se posso ferir o outro ao falar a verdade, mas sem me preparar espiritualmente, e sem sentir mais dor do que o outro, então não conheço nada do amor do Calvário. Se os elogios dos outros me alegram demais e acusações me deprimem; se não posso passar por mal-entendidos sem me defender; se eu gosto de ser amado mais que amar, servido mais que servir, então não conheço nada do amor do Calvário. Se quero ser conhecido como quem acertou em uma decisão, ou quem a sugeriu, então não conheço nada do amor do Calvário. Se eu ficar no lugar que pertence apenas a Jesus, fazendo-me necessária demais para uma pessoa, em vez de levá-la a se agarrar nele, então não conheço nada do amor do Calvário. Se eu me recusar a ser um grão de trigo que cai na terra e morre, então não conheço nada do amor do Calvário. Se eu quero qualquer lugar no mundo, a não estar no pó ao pé da cruz, então não conheço nada do amor do Calvário."Amy Carmichael
Saiba mais em:
http://www.apec.net.br/comprando-criancas-para-deus-p306
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Paz do Senhor Jesus! Obrigada por estar visitando meu blog e deixando a sua opinião. Que Deus continue a lhe abençoar grandemente.